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Japão sem Gafes: 10 Erros Comuns que Turistas Cometem (e como viajar como um local)


quatro pessoas em frente ao Torii de Miyajima
Grupo Japão Tradicional da Nest Viagens em outubro de 2024 em Miyajima

Ah, o terror da gafe cultural. Aquele calor de vergonha que sobe ao rosto, te deixa acordado à noite pensando se não seria melhor pegar o passaporte e fugir do país de madrugada. Eu conheço bem essa sensação.

Com regras não escritas e costumes rígidos, até o viajante mais cuidadoso pode escorregar no Japão. Embora os japoneses sejam extremamente gentis com estrangeiros, o aumento recente do turismo tem colocado à prova essa famosa hospitalidade.

Como consultora de viagens estudando o Japão há 8 anos, meu objetivo é garantir que meus clientes não passem por esses apuros. Para ajudar você a ter uma experiência mais tranquila e respeitosa, listei os 10 erros mais comuns que vejo turistas cometerem — e como evitá-los.


1. Etiqueta à Mesa: O Campo Minado dos Hashis

uma mesa com sushis

A etiqueta japonesa é complexa, mas saber usar os hashis corretamente já coloca você à frente da maioria. O segredo não é apenas a habilidade, mas onde colocá-los:

  • No descanso: Quando não estiver comendo, apoie-os no suporte. Se for descartável, dobre o envelope de papel para criar um apoio improvisado.

  • Nunca na vertical: Jamais deixe os palitinhos espetados no arroz (isso lembra rituais funerários).

  • Sem "Double-dipping": Não use o hashi que foi à sua boca para pegar comida de um prato compartilhado.

  • Dica de ouro: Pode fazer barulho ao comer ramen (é sinal de que está gostoso!), mas nunca chegue atrasado à sua reserva.


2. Volume da Voz: Leia o Ambiente


Manter a harmonia social no Japão significa, literalmente, manter a paz sonora. É raríssimo ver japoneses sóbrios falando alto ou atendendo celular no transporte público. A regra de ouro é "Kuuki wo yomu" (ler o ar/ambiente). Se o vagão do trem está em silêncio, mantenha-se em silêncio. Deixe para extravasar em bares (izakayas), festivais ou parquinhos.


3. O Caos das Malas no Trem


Os vídeos de funcionários empurrando pessoas nos trens em Tóquio são reais. Entrar com uma mala gigante no horário de pico (rush hour) é garantia de olhares tortos e muito estresse. A solução da consultora: O Japão tem um serviço impecável de envio de bagagens (Takkyubin). Envie suas malas grandes para o próximo hotel e viaje apenas com uma mala de mão. Se precisar levar a mala no trem, evite bloquear portas e coloque a mochila na frente do corpo.


4. Depender Apenas de Cartão de Crédito

uma mão segurando uma nota de dinheiro

O Japão modernizou bastante os pagamentos, mas ainda é uma sociedade que ama dinheiro vivo (cash). Muitos restaurantes pequenos, templos e máquinas de venda automática só aceitam notas e moedas.

  • Dica cultural: Na hora de pagar, nunca entregue o dinheiro na mão do funcionário. Coloque-o na bandejinha azul ao lado do caixa. É mais higiênico e educado.


5. A Polêmica da Gorjeta (Não dê!)


Essa vai para quem está acostumado com a cultura ocidental: esqueça a gorjeta. Ela não é esperada e gera confusão. Já vi garçons correrem atrás de clientes na rua achando que eles esqueceram o troco na mesa. Se o serviço foi excepcional e você quer agradecer, um "arigato gozaimasu" sincero vale mais. Se quiser ir além, um pequeno presente (omiyage) do seu país é aceitável, mas dinheiro extra nunca.


6. Linguagem Corporal: Cuidado com os Gestos


Nem todo gesto é universal. Dois exemplos clássicos de confusão:

  • Chamar alguém: No Japão, faz-se com a palma para baixo, dobrando os dedos. Para nós, parece que estão expulsando alguém ("xô!"), mas é um chamado educado.

  • Pedir a conta: Cruze os dedos indicadores formando um "X". É discreto e todos entendem.

  • Reverência: Juntar as mãos em prece é comum na Tailândia, mas no Japão soa dramático demais. Uma leve inclinação com as mãos ao lado do corpo basta.reverência.


7. A Porta "Mágica" do Táxi


Muitos turistas tentam abrir ou fechar a porta do táxi manualmente. Não faça isso! As portas são automáticas, operadas pelo motorista. Forçá-las pode quebrar o mecanismo.

  • Transporte inteligente: O Uber existe (apenas em grandes cidades), mas o app local GO é mais barato e tem maior frota.


8. Fumar na Rua é Proibido


As leis anti-tabaco endureceram muito. É proibido fumar andando na rua ou em restaurantes comuns. Você só pode fumar em áreas designadas (aqueles cubículos de vidro ou áreas cercadas perto de estações). A multa é aplicada na hora se a polícia te pegar. E atenção aos vapes: líquidos com nicotina não são vendidos no Japão, então leve seu estoque (limite de 120ml para uso pessoal).


9. Templos e Santuários não são Cenários de Instagram

Front view of Higashimaru Jinja Shinto Shrine at Fushimi Inari Taisha
Minha primeira vez no Japão, em 2017. Em frente ao Higashimaru Jinja Shinto Shrine no Fushimi Inari Taisha, em Kyoto.

A relação dos japoneses com a religião é leve, mas o respeito ao espaço sagrado é inegociável.

  • Comportamento: Tire chapéu e óculos escuros, fale baixo e não tire fotos de cerimônias sem permissão.

  • O Torii: Ao passar pelos portais vermelhos, evite andar exatamente pelo centro do caminho; esse espaço é reservado às divindades. Caminhe pelas laterais.


10. Onsen: A Etiqueta do Banho Compartilhado


Entrar em uma fonte termal (onsen) é uma das experiências mais mágicas do Japão, mas é onde os turistas mais erram.

  1. Higiene total: Você deve tomar banho antes de entrar na banheira coletiva. A água é só para relaxar, não para se lavar.

  2. Nudez: Não é permitido roupa de banho.

  3. Toalhinha: Aquela toalha pequena não pode tocar a água da banheira (por isso muitos colocam na cabeça).

  4. Tatuagens: Muitos locais ainda proíbem a entrada de pessoas tatuadas. Verifique as regras antes de ir ou procure onsens "tattoo-friendly".


Quer viajar para o Japão sem medo de errar?


O Japão é um destino fascinante, mas suas camadas culturais podem intimidar quem vai pela primeira vez. Você não precisa decorar todas essas regras sozinho(a).

Na minha consultoria de viagens, eu não apenas planejo sua logística; eu preparo você para a cultura. Desenvolvo roteiros personalizados que incluem guias de etiqueta, reservas em restaurantes que acolhem estrangeiros e toda a logística de trens e bagagens resolvida para você.

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